O Auditor-Fiscal da Receita Federal, de acordo com as competências atribuídas na lei de regência, é a autoridade tributária no âmbito federal. Ao cargo de Auditor deveriam ser delegadas apenas as funções diretivas do Órgão e as funções privativas do cargo. É isso o que o Estado e a sociedade esperam destes quadros técnicos. É isso que uma remuneração justa e digna deveria retribuir.
Há inúmeros exemplos que contradizem essa regra dentro do Órgão e casos em que os Auditores realizam a mesma função do Analista ou mesmo ATA, num claro desapreço pelos recursos públicos, desvio que a Chapa Novo Rumo se empenhará em corrigir.
No entanto, a cultura da Receita Federal é submeter os Auditores ao mesmo tratamento dos demais cargos que compõem o órgão. Na percepção dos administradores da Casa parece haver dois grupos bem definidos: a administração e os demais cargos. Esse cenário contribui para o enfraquecimento da condição de autoridade fiscal dos Auditores que a administração deveria prestigiar. Isso não significa, em absoluto, deixar de reconhecer o valor e a importância dos demais cargos que compõem a instituição. Não se está a afirmar que um cargo é melhor ou pior que o outro, mas que são diferentes e, por isso, precisam ser tratados com distinção.
Tal diferenciação deve se iniciar no conteúdo programático do concurso público, passando pelo curso de formação, que realmente deve formar o Auditor para os desafios que dele se esperam e não ser uma extensão do período de estudo para concurso.
A posse, como já mencionado, deve ser um momento solene, em que a Casa demonstre a importância da chegada dos novos membros à instituição.
Todavia, o que vemos é cada vez mais um direcionamento a segregar todos os quadros da Receita Federal em um lado e a administração do outro, num indesejável e nocivo distanciamento, que em nada contribui para o cumprimento dos desafios que se espera do maior órgão arrecadador do país.
Nesse sentido, a Chapa Novo Rumo atuará firmemente para direcionar as ações da Administração da RFB buscando reconhecer a importância dos Auditores-Fiscais e lhes conceder o tratamento adequado às atribuições que desempenha.